terça-feira, março 31

Capítulo I - Lina Klauzklary

Ano de 1600 A.C, condado de Klauzklary.

-Minha Condessa, depressa!O exército de Tifera está se aproximando do condado. Diz Outpeet desesperado, mordomo de Lina Klauzklary condessa do Condado.

-Não Outpeet, eu não posso ir sem ele, eu o amo, não o abandonarei.

-Minha Condessa, por favor, se retire logo, a senhora corre risco de vida.

-Eu não posso ir sem ele.

-A Senhora irá morrer!

-EU AMO ELE! Não posso ir sem ele, é melhor morrer aonde nasci aonde cresci, aonde vivi, na minha casa! No reino da família Klauzklary, do que morrer em um beco sem iluminações de alguma cidade qualquer, ou talvez morrer sentada em uma cadeira de balançar ao som de pássaros e um nobre pito.

-Minha Condessa, é sua vida! Por favor, saia daqui! Pense em sua vida!

-Outpeet, quero que saia daqui sem mim! Diz Lina arrogantemente.

-Minha Senhora, eu jurei nunca abandoná-la, jurei sempre estar ao seu lado! Não posso cumprir com esse pedido!

-Outpeet, não é um pedido! É uma ORDEM! Gritou Lina.

-Senhora, então irei! Diz Outpeet com os olhos lacrimejando.

-Vá meu caro Outpeet, mas leve algo consigo.

-Senhora? O quê? Pergunta Outpeet um pouco curioso limpando as lágrimas.

-Quero que leve este pequeno envelope, e que ele seja entregue dentro do reino de Leen ao senhor Leendman. Este pergaminho só poderá ser entregue em mãos e só poderá ser visto por ele. Lina retirou um envelope sujo, com cor pálida de dentro de seu vestido, o fitou durante alguns segundos, o limpou rapidamente, e o entregou para Outpeet.

-Outpeet, meu último pedido! Disse Lina com os olhos lacrimejando.

-Minha senhora, seu desejo será uma ordem. Foi uma honra servir a sua família. Foi uma honra servir a você. Nunca lhe esquecerei!

-Vá Outpeet, Por favor, não falhe!

Outpeet passou a mão limpando o seu rosto pálido completamente encharcado de tristes lágrimas de uma despedida. Deu um forte abraço em Lina a fitou nos olhos durante alguns segundos, observou por uma última vez aqueles olhos negros, que pareciam diamantes brutos, prontos para serem lapidados.

-Adeus minha senhora. Disse Outpeet chorando.

Outpeet deu as costas à Lina, sairá correndo dando fortes passos, barulhentos sobre o chão de madeira nobre até chegar à porta. Tocou aquela fria maçaneta, deu uma breve fitada para trás, abriu a porta e partiu.

Após Outpeet sair, Lina fora à sacada de seu quarto e ficou esperando por Tompson, seu marido. O motivo que havia à feito ficar no condado.

Tompson surge de dentro das matas dos arredores do lago cheio de sangue, correndo desesperadamente.

-Meu Deus, é ele! Meu Deus é Tompsom!

Lina identifica que era Tompsom de longe e sai correndo desesperadamente ao seu encontro.

-Tompsom venha... Corre! Você vai conseguir!

Tompson vinha correndo em linha reta, com variações visíveis, ziguezagues não ordenados, parecia cambalear.

-Tompson venha! Rápido!

Chegando quase ao encontro de Tompson Lina percebeu que seu marido estava diferente, pálido, seus olhos estavam negros como pérolas do inferno, pareciam sair fogo como uma fogueira enfurecida, e da sua boca saia sangue.

-Tompson, vamos!Corre! Conseguiremos fugir!

Tompson quase chegando ao encontro de Lina cambaleou mais uma vez e o abraço em sua amada não foi possível. Cairá no chão, bruscamente. Havia sido ferido com uma lança no pulmão esquerdo. Uma lança cravada pelo demônio do exército de Tifera, Gron Hoar, um dos melhores combatentes. Lançada a cerca de duzentos metros de distância.

-Não, Tompsom! Não, vamos!Levante-se, vamos fugir. Irá dar tudo certo!

-Lina Klauzklary, eu te amo! Nada nem ninguém ira mudar meu sentimento por você!Foi uma honra amar-te, ficar ao teu lado, morrer ao teu lado! Disse Tompson com uma voz fraca.

-Não, não, NÃO! Tompsom levante-se, vamos logo!

-Adeus Lina!

Tompson fizera apenas um movimento, doloroso e cruel, com o pescoço. Tompson mal acabara de se partir e o exército de Tifera já se aproximava do Condado. Suas batidas melancólicas eram ouvidas de longe e já eram ouvidos gritos de guerrilheiros.

-Exército de Tifera!Isso não irá ficar assim! Disse Lina furiosa.

-Tompsom por você!

Ao topo da montanha Slitherskilsther um exército se fez!Homens negros, fardados sobre cavalos famintos, que bocejavam com ódio e dor.

-Chegou à hora. Disse Lina gritando com furia.

Sons infernais começaram a ser ouvidos, sons de berrantes, agudos, sons de guerra, mortais.

-Atacar! Gritou uma voz rouca que veio de trás do grupo.

Daquela grande montanha aquele grupo enorme, fardado de preto com cavalos negros, que até brilhavam começaram a descer. Uma descida rápida para os guerrilheiros de elite que iniciavam o pelotão de combate.

Após chegarem ao plano, retiraram suas armas e foram em direção ao condado de Klauzklary, mas se depararam com Lina no caminho. Lina começou à ditar palavras incompreensíveis demoníacas, virtude que o exercito de Tifera não conhecia sobre a legendária família Klauzklary. Eram dominadores da arte negra do vento. Faziam pactos infernais a troco de suas vidas, e com recompensa podiam controlar a arte sombria. Parecia movimentar o vento como uma arma mortal facilmente. Fora fazendo movimentos rápidos com a mão esperando o pelotão se aproximar.

O pelotão de homens negros de cavalos fora se aproximando de Lina. Lina fez um movimento rápido com a mão e parecia que o vento cortava os guerrilheiros, as rajadas de sangues projetadas pelos cortes podiam ser vistas à distância. Homens e homens foram caindo sobre as rajadas de vento que Lina desferia sobre o exercito, até que um homem, identificável, chegou ao topo da montanha. Vestia uma capa negra, estava sentado em cima de um belo cavalo branco e com uma mascara que cobria todo seu rosto. Lina fitou o homem em cima da montanha durante alguns segundos, e logo caiu no chão. Morta.

Os guerrilheiros se direcionaram ao Condado para destruí-lo.

...

-Todos os habitantes do Condado foram assassinados, fui o único que sobrevivi. Dizia Outpeet à Leendman,dentro de seu reino,provavelmente o único local seguro que existia para se refugiar do exército de Tifera.

-Outpeet,obrigado pela lealdade. Peça aos meus criados um bom banho e uma bela refeição para se descansar.

Outpeet se retirou do templo central e fora para o banheiro sobre a guia de um dos criados de Leendman. Tomará um banho como se nunca tivesse tomado um antes, saboreou a água como se nunca houvesse a provado. Uma intensidade extrema.

Levantou-se após o banho, vestiu-se e fora à refeição, descendo as escadas e chegando próximo do salão ouviu gritos, e fora correndo averiguar o que tinha acontecido.

Vira as escravas que trabalhavam no Palácio rodearem algo que estava no chão e gritavam com intensidade,gritos de pavor e medo.

Outpeet correu mais ainda e foi ver o que havia acontecido.

Leendman estava morto.





Um comentário:

tomasrq disse...

use mais descrições, descreva como os personagens estão se sentindo, como os golpes são sentidos "Ventos tão velozes que cortavam os corpos tão facilmente quanto uma scimitara corta papel"

enfim descrição.