terça-feira, abril 14

Capítulo VIII - Vastrekes

-Butcher, como era a vida de meu pai? Pergunta Outpeet.

-Senhor, seu pai sempre foi um bom homem, mas ambicioso. Queria ser o melhor alquimista. Planejava uma vida gloriosa ao lado de sua mãe. Mas esse maldito livro desgraçou o destino perfeito.

-Você estava quando meu pai tentou matar minha mãe?

-Não. Estava cumprindo ordens de Seraph Zee.

-Onde você estava?

-Buscando mais informações sobre algo que meu mestre estava estudando.

-O que era? Pergunta Outpeet com grande duvida.

-Senhor, não sei lhe informar ao certo. Meu Lorde havia me designado uma missão. Ir até a biblioteca Xtraker e furtar certo livro.

-Qual livro?

-Não me lembro ao certo meu Senhor. Tenho quase certeza que era sobre Vasterkes.

-Vasterkes? Pergunta Outpeet espantado.

-Sim Senhor. Vasterkes. A arte de fragmentação da alma.

-Meu Deus. Então meu pai fragmentou sua alma?! Meu pai é um monstro.

-Senhor, não sei se meu Lorde fragmentou sua alma. Apenas posso lhe afirmar que no dia que tentaram lhe tirar a vida, eu estava a serviço de meu Lorde atrás de um livro. E quando cheguei ao reino o senhor já não estava mais lá e os homens disseram que haviam matado você e sua mãe nas proximidades do campo do castelo. Apenas eu sabia da verdade. Apenas eu sabia que você estava vivo!

-É muito triste saber que meu pai tentou me matar. Meu pai! Diz Outpeet.

-Senhor, mas acho que seu pai exterminou toda sua família em função da Vasterkes.

-Por que mataria sua família? Por que meu pai tentaria me matar? Pergunta Outpeet.

-Senhor, realmente não sei. Mas com certeza os assassinatos têm ligação com Vasterkes.

-Meu Deus. Meu pai assassinou seus familiares em nome da magia?

-Provavelmente Senhor.

-Ele matou meu avô? Minha avó? Pergunta Outpeet totalmente espantado.

-Senhor, é muito doloroso. Mas seu pai assassinou seus parentes. Todos que tinham qualquer ligação genética com ele.

-Por quê? POR QUÊ? Grita Outpeet inconformado.

-Senhor. Meus pêsames.

-Butcher, quero que faça um grande favor para mim. Preciso que consiga outro exemplar sobre Vasterkes. Diz Outpeet.

-Senhor. Irei esforçar-me ao máximo para conseguir seu exemplar. Darei minha vida para consegui-lo.

-Obrigado Butcher. Obrigado.

-Posso ir Senhor? Irei iniciar minha jornada em busca do exemplar.

-Vá Butcher, mas tome cuidado. Obrigado.

Butcher levantou-se da cadeira velha onde estava sentado. Fora até a sacada. Olhou mais uma vez aquele lago cristalino, dera três passos para frente e se desmaterializara.

Outpeet ficou olhando para o lugar aonde Butcher se desmaterializara. Levantou-se e fora até a sacada olhar o lago onde Anabella agora recolhia água e lavava suas roupas. Ficara admirando-a. Anabella demonstrava muita felicidade. Seria por ter encontrado o homem que sua irmã dizia? Pelo lago? Por sua mãe ter sido salva? Qual seria a resposta? Ou seria um conjunto?

-Anabella, venha cá. Preciso conversar com você. Disse Outpeet.

Anabella largou as roupas que estava lavando e fora correndo para Outpeet.

-Diga Outpeet. Diz Anabella extremamente feliz.

-Anabella, os momentos que estão para vir não serão dos melhores. Posso prescindir a desgraça. Irei comprar uma batalha mortal contra meu pai, irei lutar com todas as minhas forças contra ele. Meu pai pessoa que me colocou no mundo.

-Outpeet, você é a pessoa em que minha irmã me falou. Eu te amo e irei ficar com você para o todo sempre. Irei ficar com você durante essa batalha, e se formos derrotados, irei morrer ao seu lado. Diz Anabella emocionada.

-Anabella. Não tenho palavras para lhe responder. Diz Outpeet.

-Mas eu tenho algo para lhe demonstrar. Disse Anabella.

Então ela foi em direção a Outpeet e o beijou. Um beijo caloroso, silencioso. Algo que Outpeet não pudera explicar. A única fraqueza que Outpeet agora possuía era ela, Anabella.

Anabella puxou o pescoço de Outpeet e sussurrou em seu ouvido.

-Eu te amo! Nada nem ninguém ira afetar o que eu sinto por você!

E novamente deu um beijo em Outpeet. Desta vez mais demorada, ardente. Algo que criara uma magia diferente. Uma química entre os dois.

Os dois ao terminarem de se beijar entraram na casa e foram acender as velas da casa. Já estava escurecendo.

-Outpeet, o que irá acontecer quando essa desgraça terminar?

-Anabella, não sei. Posso não estar vivo amanha, mas irei lutar até o final para acabar com essa maldição. Para destruir meu pai. Disse Outpeet suspirando a cada palavra.

-Outpeet, por favor, não diga mais que você poderá não estar vivo. Que você poderá morrer. Eu te amo! Não fale mais isso. Eu sofro cada vez que você fala isso.

-Tudo bem Anabella. Tudo bem.

Os dois terminaram de acender as velas e foram para a cozinha. Anabella foi preparar um belo jantar. Pegara peixes saldáveis no lago. Outpeet fora procurar um bom vinho para servir com os belos peixes.

Chegando à adega Outpeet acendeu a tocha e foi procurar um vinho que se enquadrasse à refeição. Ficou passando a mão nos vinhos, belas raridades. A adega estava lotada. Cerca de quinhentos vinhos nobres para escolha. Outpeet continuou passando a mão e andando pela adega até que encostou em um vinho branco. Imediatamente Outpeet desmaiou.

Outpeet estava novamente em uma sala, a reconhecera, ela não estava escura como antes. Era a sala que estava com o Senhor X.

-Outpeet, Outpeet. Novamente nos encontramos.

-É bom velo novamente também Senhor X. Novidades?

-Outpeet, irei ajudar Butcher na busca pelo exemplar de Vasterkes.

-Senhor X? Como? Pergunta Outpeet.

-Outpeet, meus métodos. Meus métodos. Sei aonde existe mais um exemplar de Vasterkes e irei dar as coordenadas para que Butcher o capture.

-Mas por que você mesmo não o pega?

-Outpeet, quem disse que sou real?

Então o Senhor X se desmaterializou e Outpeet voltou à realidade.

Outpeet pegou o vinho em que havia encostado e voltou para a cozinha e nada falou para sua nova família.

E a família reunida fez uma bela refeição à noite.

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