segunda-feira, abril 13

Capítulo VII - Butcher Stratrowisqk

-Não pode ser. Meu pai? Pergunta Outpeet inconformado.

-Sim filho, seu pai. Responde Edward.

-Meu pai causa tanta destruição e ódio, por quê? Pergunta Outpeet com os olhos cheios de lagrimas.

-E sobre o pingente? Tive um sonho e alguém me falou sobre ele. Perguntou Outpeet limpando seus olhos.

-O Pingente fora Astrix que criara e fôra entregue a Klauzklary. Dentro do pingente existe algo que até o homem que se diz Deus irá cair diante dele. Dentro dele existe uma arma chamada Amor. Se o Pingente chegar em suas mãos você terá um poder incalculável, basta apenas você abrir a porta certa dentro de você que achará seu poder interior. Diz Edward.

-Me explique sobre o poder do pingente. Retruca Outpeet.

-Senhor, apenas com o tempo o Senhor poderá saber o que realmente o pingente contém. Apenas com o tempo. Diz Ruffo.

-Meu pai...

O chão começou a tremer. Os vidros começaram a trincar. Os pratos que estavam em cima da mesa caíram. Um belo quadro que havia uma pintura de Katrina se soltou da parede e rasgou.

-Meu Deus, vamos sair daqui, o chão está tremendo, o exército de Tífera se aproxima. Disse Pitter.

-Vamos rápido. Disse Katrina.

-Não, olhem. Todos olharam para Anabella. Ela estava apontando para Outpeet. Seus olhos estavam vermelhos, demonstravam ódio e as faixas que estavam em suas mãos estavam pegando fogo.

-Meu pai, meu pai. Ele é um monstro. Meu pai é um demônio. Disse Outpeet com a voz tremula.

-Não. Discordou Katrina, e continuou. Pai foi aquele que te deu amor, que te ensinou a andar, que te ensinou falar, que te disse não. Que vibrou com suas vitorias, que compartilhou a dor com suas derrotas. Aquele que te deu amor.

Parecia que Outpeet nada escutava.

-Meu pai. Meu pai! MEU PAI!

Após gritar, todos os vidros da casa estouraram fazendo um barulho ensurdecedor.

-Meu p...

Out não pode completar. Anabella impediu que falasse. O beijou. Todos ficaram admirandos com a cena.

-Outpeet, por favor, pare. Sussurrou Anabella no ouvido do filho de Zion.

No exato momento em que Anabella pediu, a casa parou de vibrar.

-Antes de minha irmã falecer, ela me disse que eu encontraria meu amor em uma caverna. Ele seria o prometido, o homem da profecia. Um amor. Você. Eu te AMO!

Outpeet sem ações cochichou no ouvido de Anabella.

-Ich lible du für immer!

Então os dois novamente se beijaram.

O lago de cor negra começou a passar por mudanças no exato momento em que Outpeet e Anabella se beijavam. De cor negra, pastosa estava se transformando para azul cristalina. Já era possível avistar o fundo do lago.

-Meu Deus! O lago está cristalino! Começou a gritar Katrina.

-O lago está cristalino! Confirmou Edward.

-É um milagre! Um milagre! Disse Katrina.

O casal parou de se beijar e levantaram-se e foram ver o lago, com seus próprios olhos. Abriram a porta e cruzaram o portal de madeira envelhecida, passaram pela sacada onde havia cadeiras estranhas e foram em direção ao lago. Realmente, o lago estava totalmente cristalino.

-Senhor. Meu Lorde. Submissão. Veio uma voz do outro lado do lago. Era uma voz fina e rouca. Não puderam avistar quem era de longe e o individuo veio se aproximando.

Agora já podiam ter um pré-conceito sobre a fisionomia do estranho “homem”. Era estranho. Não parecia humano. Tinha uma pele enrugada e de cor bege. Suas orelhas eram maiores do que as de um humano, e menores que de um elfo. Andava meio curvado. O que seria?

-Meu Lorde. Permita-me apresentar. Meu nome é Butcher Stratrowisqk. Sou escravo desde minha jornada como orc na sua família. Seu pai acabou de me dispensar. Então vim procurar a ultima pessoa viva da família.

-Você conhece meu pai? Pergunta Outpeet furioso.

-Sim. Estou servindo para ele a mais de duas décadas.

-Ele sabe que estou vivo?

-Creio que não Senhor. Fui expulso de meus aposentos. Não lhe avisei para aonde estava indo.

-Meu Deus. Meu pai! Onde ele está? Pergunta Outpeet.

-Impossível de saber. Estávamos trocando de alojamento todo dia.

-Desgraçado. Butcher vamos entrar, você será muito útil para mim! Disse Outpeet.

-Senhor, antes de tudo, quero que me batize como seu Orc.

-Mas como eu faço isso? Pergunta Outpeet espantado.

-Passe seu sangue em minha testa.

-Meu sangue em sua testa?

-Sim Senhor.

Outpeet então, pegou uma faca que estava dentro de sua roupa, fez um pequeno corte no dedo e passou um pouco de sangue na testa do pequeno orc.

-É agora? Pergunta Outpeet ao pequeno orc.

-Mais nada Senhor. Será uma honra seguir suas ordens. -Vamos entrar. Diz Outpeet a todos.

Todos entraram e se sentaram na longa mesa da sala de jantar. O forro branco ainda estava lá. Katrina estava arrumando o desastre acontecido a pouco.

-Butcher, irá jantar conosco? Pergunta Outpeet com um sorriso.

-Senhor. Jantar? Orc’s não jantam com seus mestres. Orc’s comem o lixo do lixo.

-Aqui não Butcher. Sobre meu comando não. Sente-se conosco.

O orc que estava sentado no chão se levantou e sentou-se ao lado de Outpeet.

-Senhores, frango com molho de algas do mar! Disse Anabella trazendo uma grande porção. As velas ficavam oscilando, ventava muito. Mas isso não era o problema. Passaram uma ótima noite. Uma ótima ceia.

Nenhum comentário: