-Não pode ser. Meu pai? Pergunta Outpeet inconformado.
-Sim filho, seu pai. Responde Edward.-Meu pai causa tanta destruição e ódio, por quê? Pergunta Outpeet com os olhos cheios de lagrimas.
-E sobre o pingente? Tive um sonho e alguém me falou sobre ele. Perguntou Outpeet limpando seus olhos.-O Pingente fora Astrix que criara e fôra entregue a Klauzklary. Dentro do pingente existe algo que até o homem que se diz Deus irá cair diante dele. Dentro dele existe uma arma chamada Amor. Se o Pingente chegar em suas mãos você terá um poder incalculável, basta apenas você abrir a porta certa dentro de você que achará seu poder interior. Diz Edward.
-Me explique sobre o poder do pingente. Retruca Outpeet.-Senhor, apenas com o tempo o Senhor poderá saber o que realmente o pingente contém. Apenas com o tempo. Diz Ruffo.
-Meu pai...O chão começou a tremer. Os vidros começaram a trincar. Os pratos que estavam em cima da mesa caíram. Um belo quadro que havia uma pintura de Katrina se soltou da parede e rasgou.
-Meu Deus, vamos sair daqui, o chão está tremendo, o exército de Tífera se aproxima. Disse Pitter.-Vamos rápido. Disse Katrina.
-Não, olhem. Todos olharam para Anabella. Ela estava apontando para Outpeet. Seus olhos estavam vermelhos, demonstravam ódio e as faixas que estavam em suas mãos estavam pegando fogo.-Meu pai, meu pai. Ele é um monstro. Meu pai é um demônio. Disse Outpeet com a voz tremula.
-Não. Discordou Katrina, e continuou. Pai foi aquele que te deu amor, que te ensinou a andar, que te ensinou falar, que te disse não. Que vibrou com suas vitorias, que compartilhou a dor com suas derrotas. Aquele que te deu amor.Parecia que Outpeet nada escutava.
-Meu pai. Meu pai! MEU PAI!Após gritar, todos os vidros da casa estouraram fazendo um barulho ensurdecedor.
-Meu p...Out não pode completar. Anabella impediu que falasse. O beijou. Todos ficaram admirandos com a cena.
-Outpeet, por favor, pare. Sussurrou Anabella no ouvido do filho de Zion.No exato momento em que Anabella pediu, a casa parou de vibrar.
-Antes de minha irmã falecer, ela me disse que eu encontraria meu amor em uma caverna. Ele seria o prometido, o homem da profecia. Um amor. Você. Eu te AMO!Outpeet sem ações cochichou no ouvido de Anabella.
-Ich lible du für immer!Então os dois novamente se beijaram.
O lago de cor negra começou a passar por mudanças no exato momento em que Outpeet e Anabella se beijavam. De cor negra, pastosa estava se transformando para azul cristalina. Já era possível avistar o fundo do lago.-Meu Deus! O lago está cristalino! Começou a gritar Katrina.
-O lago está cristalino! Confirmou Edward.-É um milagre! Um milagre! Disse Katrina.
O casal parou de se beijar e levantaram-se e foram ver o lago, com seus próprios olhos. Abriram a porta e cruzaram o portal de madeira envelhecida, passaram pela sacada onde havia cadeiras estranhas e foram em direção ao lago. Realmente, o lago estava totalmente cristalino.-Senhor. Meu Lorde. Submissão. Veio uma voz do outro lado do lago. Era uma voz fina e rouca. Não puderam avistar quem era de longe e o individuo veio se aproximando.
Agora já podiam ter um pré-conceito sobre a fisionomia do estranho “homem”. Era estranho. Não parecia humano. Tinha uma pele enrugada e de cor bege. Suas orelhas eram maiores do que as de um humano, e menores que de um elfo. Andava meio curvado. O que seria?-Meu Lorde. Permita-me apresentar. Meu nome é Butcher Stratrowisqk. Sou escravo desde minha jornada como orc na sua família. Seu pai acabou de me dispensar. Então vim procurar a ultima pessoa viva da família.
-Você conhece meu pai? Pergunta Outpeet furioso.-Sim. Estou servindo para ele a mais de duas décadas.
-Ele sabe que estou vivo?-Creio que não Senhor. Fui expulso de meus aposentos. Não lhe avisei para aonde estava indo.
-Meu Deus. Meu pai! Onde ele está? Pergunta Outpeet.-Impossível de saber. Estávamos trocando de alojamento todo dia.
-Desgraçado. Butcher vamos entrar, você será muito útil para mim! Disse Outpeet.-Senhor, antes de tudo, quero que me batize como seu Orc.
-Mas como eu faço isso? Pergunta Outpeet espantado.-Passe seu sangue em minha testa.
-Meu sangue em sua testa?-Sim Senhor.
Outpeet então, pegou uma faca que estava dentro de sua roupa, fez um pequeno corte no dedo e passou um pouco de sangue na testa do pequeno orc.-É agora? Pergunta Outpeet ao pequeno orc.
-Mais nada Senhor. Será uma honra seguir suas ordens. -Vamos entrar. Diz Outpeet a todos.Todos entraram e se sentaram na longa mesa da sala de jantar. O forro branco ainda estava lá. Katrina estava arrumando o desastre acontecido a pouco.
-Butcher, irá jantar conosco? Pergunta Outpeet com um sorriso.-Senhor. Jantar? Orc’s não jantam com seus mestres. Orc’s comem o lixo do lixo.
-Aqui não Butcher. Sobre meu comando não. Sente-se conosco.O orc que estava sentado no chão se levantou e sentou-se ao lado de Outpeet.
-Senhores, frango com molho de algas do mar! Disse Anabella trazendo uma grande porção. As velas ficavam oscilando, ventava muito. Mas isso não era o problema. Passaram uma ótima noite. Uma ótima ceia.
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