terça-feira, abril 7

Capítulo VI - Seraph Zee

-Outpeet! Acorde! Diz Anabella com um ar de humor.

-Huum! Viver! Diz Outpeet meio sonolento.

-Levante-se, estamos lhe esperando para tomar café.

-Um minuto, irei me arrumar. Pode ir andando.

Enquanto isso:

-Onde ele está?Pergunta Karina cortando um mamão.

Ele está se vestindo. Responde Anabella animada.

-Senhores, creio que hoje será o dia para contarmos toda a história à Outpeet. Diz

Edward pensativo.

-Que seja. Diz Ruffo olhando para a porta do quarto onde Outpeet estava.

-O seu comportamento não será dos melhores. Diz Pitter pensativo.

-Sim, com certeza. Mas é a verdade, por mais dura e necessária que seja ele precisa saber. Diz Edward preocupado.

-Papai, o que é? Qual é essa “verdade”? Pergunta Anabella curiosa.

-Filha, você ficará sabendo junto com ele. Responde Edward.

A porta do quarto se abre. Outpeet vinha com uma calça marrom, blusa branca, sandálias encardidas, seu longo cabelo preto molhado e com panos na mão, parecidos com esparadrapos.

-Outpeet, como é bom vê-lo. Disse Edward animado.

-É mesmo. Confirma Katrina.

-Coma Out. Diz Pitter fitando-lhe.

-Reponha suas forças Outpeet! Diz Ruffo.

Outpeet olha a mesa. Estava muito bem organizada. Uma toalha branca cobria a mesa. Estava farta de pães, sucos e frutas.

-Bem, com uma mesa dessas. Diz Outpeet com um sorriso no rosto.

Outpeet sentou-se, pegou uma maça e serviu um copo de suco de uva. Comeu rapidamente.

-Out, precisamos conversar sobre você. Disse Ruffo após esperar Out terminar de comer a maça.

-Sobre? Pergunta Outpeet limpando os lábios sujos de suco.

-Passado. Afirma Pitter alisando sua barba.

-Passado! Confirma Edward.

-Existem alguns fatos que você desconhece. Diz Ruffo atento.

-Quais seriam? Pergunta Outpeet com um ar de dúvida.

Outpeet, há quarto décadas um homem chamado Seraph Zee, começou a ler livros e livros de Alquimia. Básica, intermediaria, avançada e extrema. Começou a filosofar muito cedo.

Seus pais eram muito ricos, pagaram caro para o aprendizado do filho com futuro promissor. O filho dedicou-se ao máximo nos estudos. Doze horas por dia de filosofia. Numa quarta-feira nublada já era noite, Seraph encontrou um livro negro, velho, rasgado em baixo de uma prateleira na biblioteca que freqüentava.

Em sua capa havia uma tira vermelha escrito.

Propriedade do Governo de Gondar. Não abra em hipótese nenhuma.

Despertada a curiosidade do jovem, ele o pegou e o escondeu em sua bolsa e fora para casa. Chegando a sua casa fora ler o livro. Na contracapa do livro havia citações muito estranhas.

Tudo que for usado será por sua conta e risco. Tudo que farás com esse conhecimento será usado contra você na Corte-Suprema Artigo 215 § 2° do Governo de Gondar.E mais em baixo dizia.

Podemos ser um Alquimista ou um Mago. Um Alquimista apenas realiza experiências e usa o conhecimento dos outros como base. Um Mago faz magia. Cria, reproduz, testa e corre riscos.

E mais em baixo havia mais uma pequena tira.

Um homem terá GLÓRIA, um mago será um DEUS!

Após ler a contracapa do livro, Seraph se entusiasmou e passou noites e mais noites lendo aquele enorme livro de propriedade do Governo. Até que um dia achou uma anotação que havia no livro.

Todo e aquele que tentar usar este tipo de magia terá sua alma dilacerada, torturada e crucificada. Esta magia fragmenta a alma da pessoa em sete partes. A deixando exonerável até que todos os fragmentos sejam destruídos. Mas uma vez que destruídos a tortura será eterna. Uma dor sem fim, uma dor que faria exércitos gritarem.

-Meu Deus. O que estou fazendo lendo este livro? Eu vou ser o melhor Alquimista! Isto é contra meus pensamentos, isto é contra o que meu pai quer, tenho que me livrar destra desgraça!

Então Seraph pegou o livro e o enterrou em uma grama recém nascida que havia ao lado da propriedade de seu pai. Voltando para o castelo seu pai o chamou para uma conversa.

-Filho, venha aqui. Precisamos ter uma conversa.

-Sim papai.

-Sua filosofia está prestes a ser concluída. Quero que tenha êxito em sua jornada como Alquimista. Quero que seja o melhor.

-Sem dúvidas papai. Serei o melhor! Respondeu Seraph.

Então Seraph levantou-se e foi para seu quarto. E ficou filosofando sobre o que seu pai o falou. “... Quero que seja o melhor!... Quero que seja o melhor!... QUERO QUE SEJA O MELHOR! O MELHOR! O MELHOR!”

Seraph levantou-se e voltou ao local aonde tinha enterrado o livro. O desenterrou e voltou para seu quarto.

-Eu serei o melhor! Eu vou dominar o mundo! Por você papai!

Ficou lendo o livro durante noites e mais noites, intermináveis até terminá-lo completamente.

-Papai, preciso de um exercito de cem homens para servir ao meu comando.

-Meu filho, para que você precisa de um exercito?

-Papai, irei ser o MELHOR! Respondeu Seraph.

-Entendo, irei providenciar seu exercito.

Seraph subiu para seu quarto e vestiu uma roupa preta, que havia mandado ser preparada com antecedência. Luvas de couro, um cinturão belíssimo, uma calça preta, botas de couro, uma blusa negra, um sobretudo de couro e uma mascara que tampava seu nariz e boca. Apenas seus olhos ficavam visíveis. Apos se vestir completamente foi falar novamente com seu pai.

-Então papai, meu exercito está pronto?

-Sim filho. Selecionei cem dos melhores lutadores que estamos tendo para você.

-Obrigado papai. Já me vou. Tenho um combate a realizar.

-Contra quem? Pergunta o Rei feliz.

-Papai, logo saberá. Retruca Seraph.

Então o homem que estava todo de preto deu um beijo na testa de seu pai, virou-se e foi andando em direção a porta. Abriu-a e desceu para o pátio. Chegando ao pátio viu um exercito fardado com roupas pretas e fachas vermelhas no braço esquerdo. Era o exercito que seu pai havia mandado preparar.

-Homens. Preparados para o combate? Grita Seraph.

-Sim senhor. Respondeu o batalhão.

-Não será permitido dó. Não será permitida piedade. Não serão permitidos desertores. Os que infringirem serão mortos! Vamos! Iremos ao norte do reino. Iremos destruir o primeiro Condado que encontrarmos.

-Sim Senhor!Respondeu o batalhão em coro.

-Senhor, por que iremos matar inocentes? Perguntou um dos homens que estava no centro do grupo.

Seraph foi andando até o homem e chegando perto dele moveu os dedos perto de seus olhos, e o homem, instantaneamente começou a gritar e a se debruçar no chão. Foram gritos rápidos. Parou de se debater. Estava morto.

-Mais alguém? Perguntou Seraph com ódio.

Ninguém respondeu.

-Marchando ao Norte!

O Pelotão saiu marchando ao Norte. Fora uma caminhada rápida. Gastaram vinte minutos para chegar ao primeiro vilarejo. Era o vilarejo de Tifera.

A destruição do vilarejo foi muito rápida. Gastaram cerca de dez minutos para matar todas as pessoas e destruir tudo que havia no local.

-Senhores! Obrigado! A partir de hoje, construiremos o maior exercito da história! Haaul!

-Haaul! Gritava Seraph.

-E a partir de hoje, meu nome será Zion Tifera.

Os homens retornaram comemorando a destruição, gritos de alegria eram comemorados e podiam ser ouvidos à distância.

Chegando ao Castelo, Seraph teve relações sexuais com sua mulher Astrix Skazkter. Astrix engravidou. Passado um tempo fora contar para o marido do acontecido, ele ordenou que a matasse. Astrix fugiu. Correu muito e impediu que ela e seu filho fossem assassinados. Ao dar a luz ao seu filho, o entregou a um grupo de camponeses que vivia em um vilarejo perto de onde tinha dado a luz. Disse poucas palavras, o entregou a mulher e saiu. No outro dia fora encontrada morta. E desde então Tifera vem governando e trazendo pavor e medo a todos.

-E você Outpeet, é o filho de Astrix Skazkter e Seraph Zee, ou Zion Tifera. Você é o filho que tentaram assassinar antes mesmo de nascer, que foi entregue aos camponeses.

Você é filho de Zion Tifera!


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